As minhas férias à ilha Terceira foram na verdade uma solução encontrada para um contratempo que inviabilizou a minha viagem a Santa Maria este ano.
O Planeamento de 2019 era bastante claro: este ano iria ao tão afamado Festival Santa Maria Blues. Mas os planos têm destas coisas e não foi possível porque quando eu comecei a tratar das reservas, com meses de antecedência, não foi suficientemente cedo para encontrar um alojamento disponível. Lição: é necessário marcar as coisas com cerca de 1 ano de antecedência para o Santa Maria Blues.
Tudo bem, se não conseguimos ir a Santa Maria nessas datas, teríamos então de divergir a nossa rota para outra ilha dos Açores. Relembro-vos que eu e o Nuno estamos numa missão de percorrer todas as ilhas JUNTOS. Sim, porque eu já conheço todas as ilhas! 😀 (azorean proud)
Sendo que somos de São Miguel e já fomos juntos às Flores e ao Corvo, ao Pico, Faial e Graciosa, então restam-nos Terceira e São Jorge, para além de Santa Maria.
Como eu já conheço todas as ilhas e ao Nuno faltava-lhe a Terceira, deixei a decisão com ele: Terceira ou São Jorge? Ele optou por aquela que lhe faltava e assim rumámos à ilha Terceira em Julho de 2019.
Fomos no primeiro voo da Sata Air Açores, por isso chegámos bem cedinho à Terceira para podermos aproveitar este dia completo.
Como o aeroporto da Terceira fica nas Lages e só podíamos fazer o check-in a partir das 13h, optámos por levantar o carro de aluguer directamente no aeroporto, de modo a colocarmos as bagagens no porta-bagagens e podermos passear durante a manhã.
Assim que saímos do aeroporto demos de caras com uma placa a indicar o caminho para a Serra do Cume, um dos maiores pontos de interesse da Terceira, e não esperámos mais até lá ir.
Valeu-nos as direcções do Google Maps, pois na subida até à Serra, em muitas bifurcações deixa de haver sinalização. Na verdade, em geral os Açores têm esta fama (com crédito) de terem má sinalização, mas nada que não se resolva com as novas tecnologias 😉
A partir de certa altura a estrada estreita ao ponto de ficarmos com receio de apanhar outro carro em sentido contrário, portanto, lá vamos nós às buzinadelas para ir avisando potenciais carros que estamos a subir. Depois de passarmos uma zona militar, lá chegamos ao destino, mas a desilusão abate-se sobre nós.
A luz estava horrível, o que dificultou muito a nossa missão de fotografar e mais tarde exigiu as minhas maiores skills de edição de imagem e sem modéstia, acho que até consegui recuperar as fotos e deixá-las interessantes.
Deixámo-nos lá ficar um bom bocado, enquanto as nuvens corriam por cima da serra formando diferentes sombras no manto de retalhos verdes. Até que o Nuno decide abrir o seu coração (calma! não é nada disso que estás a pensar) e confessa-me que não achou a paisagem nada de especial. Compreendo o que ele quis dizer e acrescento que infelizmente também não fiquei surpreendida com a paisagem porque já a tinha visto tanto pelo instagram. As redes sociais também têm destas coisas…
Não muito contentes com a luz na serra, decidimos que viríamos noutro dia, de preferência ao pôr-do-sol e seguimos o nosso caminho até ao próximo destino: Praia da Vitória.
A Praia da Vitória é a segunda cidade da ilha Terceira e como estávamos com bastante tempo, decidimos estacionar num parque gratuito junto à praia e andarmos a pé pelo centro. Apesar de Angra do Heroísmo ser património mundial da Unesco, na verdade a arquitectura característica desta ilha encontra-se por toda a parte e a Praia da Vitória não é excepção.
- Foto tirada com o telemóvel
- Foto tirada com o telemóvel
Depois de termos subido até ao Miradouro do Facho de onde se tem uma vista panorâmica para a marina e a cidade da Praia da Vitória, seguimos caminho até Angra do Heroísmo, onde íamos ficar alojados. Mas antes de darmos entrada no alojamento, fomos almoçar à Quinta dos Açores que fica mesmo “na entrada” da cidade Património Mundial da Unesco.
Tivemos a sorte de ter apanhado um excelente tempo durante toda a nossa estadia na Terceira, foram na verdade os dias mais quentes até então do verão, ao ponto de só estarmos bem dentro de água. Por isso, depois do nosso check-in no Angra Bed & Breakfast, onde deixámos as malas, preparámo-nos para irmos à Prainha, uma pequena praia de Angra do Heroísmo.
No entanto, fomos surpreendidos pelas caravelas portuguesas que impediam qualquer banhista de se refrescar na água. Como a temperatura estava infernal para passeios, pedimos aos locais sugestões de outros sítios para tomar banho e sugeriram-nos as Quatro Ribeiras, pois tem uma piscina de água salgada, para além das piscinas naturais nas rochas.
Seguimos a sugestão e a meia hora de viagem não foi em vão, pois naquela zona não haviam caravelas e nem tivemos que ir à piscina que estava apinhada de crianças e conseguimos mesmo ir às piscinas naturais e aquele banho soube-me pela vida!
De regresso a “casa”, estava na altura de jantar e optámos pelo Cais de Angra. Depois do jantar ainda demos uma volta a pé pelo centro da cidade a caminho do nosso alojamento, onde nos “atirámos” para dormir depois de um dia muito bem aproveitado na ilha Terceira 🙂
Finalmente conheci a minha última ilha! 😀 😀
Gostei muito da viagem! Tivemos muita sorte com o tempo. 🙂
Belas fotos e belo texto! 😀
Beijinho
Obrigada! Beijinho