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Como a Fotografia Surgiu na Minha Vida?

Fotografia

4 Out

Fazem-me esta pergunta várias vezes. Para a maioria das pessoas, parece que a fotografia apareceu de repente na minha vida, mas não foi assim e é preciso recuar um pouco.

Foto de Nuno França

Na minha adolescência, o meu pai ofereceu a primeira máquina fotográfica compacta à minha mãe. Mas já estão a imaginar quem é que estava sempre de roda da máquina, certo? 😉 Pois, eu mesma! Naquela altura, as minha fotografias baseavam-se em auto-retratos conceptuais, nos quais eu posava com alguns elementos de forma intrigante, por exemplo uma bola saltitante amarela, com um fundo de parede vermelha, ou com frutos arasais em cima da minha saia gótica. Não tenho nenhuma dessas fotos da altura para mostrar aqui, mas estão algures no meu perfil do Hi5 loool

Depois, estava no secundário, começou a época dos exames mais importantes da minha vida (era assim que via as coisas na altura) e que determinariam todo o meu futuro! ahah E a fotografia foi ficando de lado, para me dedicar a 100% aos estudos.

No entanto, continuava a seguir fotógrafos amadores locais, da minha geração, no Canal Acores. Para quem não é de cá ou para quem já não foi do tempo do Canal Acores, passo a explicar que era o Facebook e o Instagram da altura dos Açores, quando nenhuma dessas plataformas estava ainda na mente dos seus criadores. Sim, fomos muito vanguardas para a altura! E desse tempo recordo-me de duas pessoas em particular, um Emanuel (não sei o apelido) e a Verónica Melo.

Perdi o rasto ao Emanuel e se há alguém por aí que saiba de quem estou a falar, pff mandem-me as redes sociais dele, porque ouvi dizer que ele tinha ido estudar fotografia e gostava mesmo de continuar a acompanhar a sua evolução! O Emanuel tinha o mesmo sentido estético gótico que eu tinha na altura e fazia fotos mágicas com duas modelos amigas dele, em paisagens da nossa ilha de São Miguel.

Por outro lado, a Verónica Melo tinha um estilo mais minimalista, com muita natureza também e quase sempre ela própria era a sua modelo. Já na Universidade, tive o prazer de conhecer a Verónica pessoalmente, porque ela foi colega de casa de uma amiga minha que estudava no Porto e pude dizer-lhe que já a seguia há muito tempo e que admirava muito a sua fotografia. A Verónica estudou Belas Artes e continuo a segui-la no seu Instagram.

Fiz o meu curso na Universidade de Coimbra e regressei à ilha para trabalhar na minha área de formação. Durante todos estes anos, a fotografia ficou adormecida em mim. Depois, tive a necessidade de comprar um telemóvel novo, porque tinha um completamente obsoleto e um dos aspectos mais importantes para mim nesta aquisição, era a qualidade da fotografia. Uma vez que não tinha máquina fotográfica, queria unir esses dois equipamentos num só. Depois de muita pesquisa, optei pelo Nokia Lumia 830, uma gama superior dos Nokias Lumias, mas mesmo assim com a melhor relação qualidade/preço da altura.

Com o smartphone na mão, foi um tal de tirar fotografias e partilhá-las no meu primeiro perfil de Instagram e no Facebook. Comecei a ter feedback positivo das minhas fotografias. Muitas pessoas até preferiam dar esse feddback offline, quando por acaso encontrava alguém conhecido na rua: “Tenho seguido a tua fotografia. Tens muito jeito, continua!”; “Devias pensar seriamente em comprar uma máquina fotográfica a sério.”

Tinha acabado de comprar um smartphone, não me apetecia gastar mais dinheiro naquela altura com uma máquina reflex, mas sabia que mais tarde, seria essa a evolução natural. O mais tarde, acabou por virar mais cedo, porque o meu amigo Luís Lopes, emigrado no norte da Noruega, desafiou-me a ir visitá-lo. E uma vez que ele era Guia de Auroras Boreais, ver as luzes do norte tinha que estar no meu programa de viagem. Comecei logo a imaginar as fotos que iria fazer nesse cenário mágico. Mas espera aí… como vou fazer fotos de auroras boreais com um smartphone?! Não dá! Pensei muito se valeria a pena investir numa máquina DSLR para este efeito e a conclusão foi que sim!

Todo o investimento que faço envolve muuiiitaaa pesquisa. Optei por comprar um Kit de máquina reflex de entrada da Canon, a 100D com lente 18-55 mm, uma bateria, um cartão de memória e uma bolsa. A primeira vez que peguei na máquina aquilo pareceu-me um bicho de sete cabeças, mesmo lendo o manual de instruções. A viagem à Noruega era dali a uns meses, achei que seria muito útil frequentar um curso para aprender a fotografar no modo manual. Infelizmente, não havia nenhum curso para iniciantes na altura. Mas, entretanto, surgiu um Workshop com dois fotógrafos do continente, que vinham em expedição fotográfica à ilha de São Miguel e inscrevi-me.

Foi com o Hugo Lourenço e o Pedro Ribeiro que aprendi a usar o modo manual da minha máquina. Eles foram os meus pais na fotografia. Foi com eles que aprendi o triângulo da exposição e a usar os efeitos da Abertura, Velocidade e ISO a meu favor. A foto que se segue, é a que mais me orgulho de ter feito neste workshop.

Ok, já tinha os conhecimentos técnicos para conseguir fazer fotos minimamente decentes das auroras boreais. E assim foi, lá aterrei em Tromso e reencontrei o Luís Lopes. Ele não tinha máquina fotográfica na altura, mas no âmbito do sua profissão, ele usava uma Canon 5D Mark III do trabalho. A primeira vez que fomos buscar o equipamento para visualizar as auroras, ao seu local de trabalho, deparo-me com um cenário dantesco para qualquer amante de fotografia: várias prateleiras cheias de máquinas Canon 5D Mark III :-O Tinha acabado de aterrar no paraíso, or what?! Ahah, trouxemos os fatos para a neve e um tripé, cortesia do patrão do Luís, mas a máquina ia ser a minha.

O Luís estava entusiasmado por eu ter uma DSLR e via-se que estava a pensar em comprar uma para si. Juntos fizemos várias fotos, brincamos com as configurações e posamos.

De regresso a São Miguel era altura de começar a ver as fotos no computador e fazer uma selecção. Desde que tinha começado a levar a fotografia mais a sério, que sonhava um dia em ser fotógrafa para a National Geographic. Descobri que eles tinham uma plataforma para fotógrafos amadores (ou mesmo profissionais, todos eram bem-vindos a juntarem-se à comunidade, mesmo os que usam smartphone). Fiquei fascinada e abri logo conta no Your Shot e comecei a colocar as fotos que tinha feito no Workshop em São Miguel e as fotos da Noruega.

Nunca tinha ouvido falar do Your Shot da NG e achei que era algo pouco conhecido por cá, por isso, fiquei espantada quando encontrei um fotógrafo amador por lá de São Miguel! Como na altura o Your Shot não tinha a opção de seguir outras contas, então fui procurar o Instagram e o Facebook desse fotógrafo para poder acompanhar o seu trabalho. Acabamos por começar a conversar nas redes sociais e decidimos marcar um encontro. E foi assim que conheci a minha cara-metade, o resto é história 😀

Dois dias depois de ter conhecido o Nuno, a National Geographic elege uma das minha fotografias da Noruega como Photo of the Day no site deles! Fiquei pasmada, excitadíssima e mais um monte de emoções que nem sei descrever lool Estava a dar os primeiros passos no mundo da fotografia e já tinha alcançado um reconhecido desta magnitude, foi quase que a validação para eu continuar o meu percurso nesta área.

Desde então que já fiz dois cursos de fotografia com o fotógrafo local José Franco, um de iniciação e outro avançado e que foram importantíssimos para eu dar um próximo passo na minha fotografia. Aprendi técnicas valiosas e o que mais gosto nesta vida é aprender, pelo que acho sempre a formação muito importante.

Após alguns meses estagnada, sinto que, actualmente, estou a viver uma nova fase de inspiração na fotografia, por ter encontrado um canal de Youtube de uma fotógrafa brasileira. Conheçam a Karly Marques no Youtube e nos dois perfis dela de Instagram, o pessoal e o profissional.

Hoje em dia, sinto que o meu ponto fraco na fotografia é a pós-produção (vulgar edição) e é nisso que eu quero investir agora.

Se conseguiram chegar até ao final do texto, Parabéns! ahah e continuem desse lado a acompanhar a minha evolução na fotografia 🙂

Não se esqueçam de me seguir também aqui:

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2 Comments

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Comentários

  1. Nuno França Photography diz

    Outubro 4, 2018 em 7:04 pm

    Orgulho em ti!!! 😀
    <3
    Adorei o post! 😀

    Beijinho grande

    Responder
    • Beatriz diz

      Outubro 5, 2018 em 9:54 am

      Muito obrigada! beijinho

      Responder

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Olá! Eu sou a Beatriz e vivo na ilha de São Miguel – Açores. Sou fotógrafa, viajante e proprietária de um alojamento local. Se não estou a viajar, estou a planear a próxima, sempre acompanhada pela minha câmara fotográfica. Quando estou por casa, é habitual encontrares-me a fotografar as paisagens de São Miguel ou a proporcionar as melhores experiências de estilo de vida de um ilhéu a quem me visita.

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