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O Segredo para o Sucesso das Relações Humanas

Empreendedorismo

16 Mar

Sei que é um título que gera elevadas expectativas e até eu fico com um nervoso miudinho quando formulo títulos assim.

Este artigo é baseado nos estudos da Brené Brown. Vi a sua TedTalk e o seminário disponível na Netflix, e fez-me ter vontade de escrever sobre esta temática e até de comprar e ler os seus livros.

Enquanto humana que sou, tenho a dizer que me fez todo o sentido. Tanto que achei que merecia destaque aqui.

E sem mais demoras… o segredo para o sucesso das relações humanas é: VULNERABILIDADE.

Espera! Não fujas já! Dá-me uma chance de desenvolver 🙂

Ficamos todos com a resposta de luta-fuga activada quando ouvimos algo assim. “Como assim? No mundo selva em que vivemos, onde só sobrevivem os mais fortes, tenho que ser vulnerável e mostrar as minhas vulnerabilidades? Nem morto!”, poderás estar a pensar. Calma, vamos por partes.

O Que É Vulnerabilidade

Vulnerabilidade envolve sempre pelo menos uma destas três variáveis:

  1. incerteza;
  2. risco;
  3. exposição emocional.

Todos os momentos, todas as situações, nas quais uma ou mais do que uma das variáveis referidas acima estão envolvidas, estamos na presença da vulnerabilidade.

Desde a pessoa que decide dizer primeiro “eu amo-te”, passando pela pessoa que perdeu o emprego por causa da pandemia, ou a pessoa que teve que despedir pessoas, ou a pessoa que se despediu para começar uma vida nova, ou a pessoa que lida com uma doença oncológica, ou a pessoa que perde alguém significativo…. etc. etc. etc.

Sempre que se pedem exemplos às pessoas de situações vulneráveis pelas quais passaram, são descritos cenários onde estão presentes a incerteza, e/ou a tomada de um risco e/ou a exposição emocional.

Vulnerabilidade e Coragem São a Mesma Coisa

Pelo senso-comum poderia se pensar que a coragem e a vulnerabilidade são dois extremos opostos do mesmo espectro. Errado!

Vulnerabilidade e coragem são a mesma coisa. Porque ser-se corajoso é enfrentar a incerteza. Ter um acto de coragem é assumir um risco. Logo, não existe coragem sem vulnerabilidade.

É comum ouvirmos as pessoas dizerem que não são corajosas porque têm medo de avançar. No entanto, o que distingue as pessoas corajosas, das não corajosas, não é a ausência de medo, mas ir mesmo com medo, porque não há garantias.

Escolher Viver em Coragem, em vez de Conforto

Acordar todos os dias e decidir “hoje escolho viver em coragem, em vez de conforto”, é decidir aparecer e ser vista, é decidir correr riscos. É viver na arena, como Brené Brown gosta de dizer, na sequência desta citação de Theodore Roosevelt (1910)

Não é o crítico que importa. Não é aquele que indica como o homem forte fraqueja ou como aqueles que realizaram algo o poderiam ter feito melhor. O mérito pertence à pessoa que está na arena, cujo rosto está coberto de pó, sangue e suor, que se esforça valorosamente, que erra, que se depara com um revés após o outro, e que no fim, embora possa conhecer o triunfo de grandes sucessos, pelo menos, quando falha, fá-lo com coragem.

Vulnerabilidade não é sobre perder, não é sobre ganhar. É ter coragem de aparecer quando não controlamos o resultado. Quando escolhemos viver em coragem, é garantido que vamos falhar, é garantido que vamos levar uma coça, só não sabemos quando. E nem todos estão dispostos a isso.

Por isso, também há que ser criterioso em relação às opiniões a que damos importância. Porque apesar de nem todos escolherem viver em coragem, todos têm uma opinião e algo a dizer sobre os outros. Não acolham junto dos vossos corações opiniões de pessoas que não estão na arena, que não estão dispostas a levar uma coça de vez em quando por terem decidido viver em coragem. Deixem essas opiniões cair, porque quem vive em conforto, quem não está na arena, não tem legitimidade para apontar o dedo.

Quer Dizer Que Devo Ser Vulnerável com Todos e Tudo? Não!

As pessoas têm que merecer ter o privilégio de ouvir a tua história, de ver-te verdadeiramente como um todo, nas tuas forças e nas tuas fraquezas. Porque ouvir a tua história, ver-te na tua essência é um privilégio! E só deverás dar esse privilégio a quem o merecer, a quem merecer a tua confiança.

E para mim é aqui que reside o segredo do sucesso das relações humanas.

As relações bem sucedidas são aquelas em que somos aceites na nossa plenitude, onde há espaço para mostrarmos as nossas vulnerabilidades e sermos amados também por isso. E claro que não podemos esperar que essa magia aconteça com todas as pessoas que conhecemos, porque não vai acontecer.

Por exemplo, se sentes que não podes ser “totalmente” (entre aspas porque para mim a honestidade é um valor absoluto; não acredito em ser só um pouco honesto; ou se é honesto ou não se é) honesta(o) em relação ao que sentes a cada momento da tua relação amorosa com o teu companheiro(a), isso é um sinal de alerta para o insucesso dessa relação. E o mesmo se aplica às relações de amizade.

Cultivar uma relação amorosa e de amizade é um acto de vulnerabilidade, é ser-se corajoso para aparecermos, darmo-nos a conhecer e sermos vistos, sem poder controlar o resultado disso. É correr um risco e dar um salto de fé, mesmo havendo a possibilidade de sermos magoados, mesmo havendo a possibilidade do esforço e o risco não compensarem. Contudo, não existe nada que compense sem que esteja envolvido esforço e risco.

Por isso acredito que as relações bem sucedidas são as que envolvem vulnerabilidade, uma honestidade brutal e muita comunicação. Se a outra pessoa fica desconfortável com isso, se não sabe lidar com isso, a relação está destinada ao fracasso. E claro que também nós já estivemos desse outro lado, não vale a pena negar. Vamos mudando de lados consoante as pessoas que temos à nossa frente. Já fomos o corajoso que levou uma tampa e também já fomos quem deu uma tampa a quem teve a coragem de ser vulnerável connosco. Mas se a dada altura não existir vulnerabilidade nas relações interpessoais, então seremos apenas conhecidos, quer porque decidimos não viver em coragem, quer porque decidimos em consciência que aquela pessoa não merecia esse privilégio.

 

E tu? Escolhes viver em coragem? 🙂

 

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Olá! Eu sou a Beatriz e vivo na ilha de São Miguel – Açores. Sou fotógrafa, viajante e proprietária de um alojamento local. Se não estou a viajar, estou a planear a próxima, sempre acompanhada pela minha câmara fotográfica. Quando estou por casa, é habitual encontrares-me a fotografar as paisagens de São Miguel ou a proporcionar as melhores experiências de estilo de vida de um ilhéu a quem me visita.

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